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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Da longa viagem

Não me recordo, em 31 anos de existência, de ter pensado numa viagem com tão pouco entusiasmo como nos últimos dias!
Não é porque 2.000 km de carro me deixem o rabo quadrado e as costas em frangalhos. Muito menos é pelo facto de não se tratar propriamente de uma viagem à descoberta do mundo mas apenas de um regresso a casa - pois não nego o desejo de reencontrar quem lá me espera. Aliás, sem querer melindrar ninguém, ultimamente não paro de sonhar com o meu cão - Alex - de quem morro de saudades!
Apenas não vejo como poderei aproveitar estes dias em Portugal sem que a consciência me lembre a cada instante que os exames estão à porta e de que devo estudar, se não quero mandar para o espaço um semestre completo de aulas aborrecidas e muitas delas completamente inúteis.
Além disso, o desconforto das casas portuguesas - geladas como um iglô - não convidam a serões de livro aberto.
Confesso que ainda abordei com o meu xuxu a hipótese de um Natal a dois, mas, e mesmo não sendo particularmente afeiçoado ao Natal, ele, compreensivelmente, tem saudades da família e portanto, nada feito.
Não me resta mais do que fazer as malas (tarefa igualmente árdua visto o volume da roupa de inverno, a somar às prendas de Natal e ainda a montanha de dossiers que levo arrasto!) e preparar-me psicologicamente para atravessar essa imensa França e pouco menor Espanha com destino a casa - com a certeza de que 3 semanas mais tarde farei o trajecto inverso a caminho dos momentos da verdade!



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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Do caldo entornado



Diz o povo na sua imensa sabedoria que assim que gabas alguém, essa pessoa imediatamente mete a pata na poça.
Ainda antes de avançar os pormenores, é bem frisar que o que foi dito em relação à divisão de tarefas se mantem e que posso contar com a outra metade da laranja na execução dos afazeres domésticos.
No entanto, não obstante se revelar um companheiro amigo e ternurento, esquece-se de cumprir as promessas que me faz e por mais de uma vez reincidiu num comportamento antigo que reprovo incondicionalmente. O tabaco!
Esta é, portanto, uma entrada especialmente dolorosa para mim na medida em que mete em evidência um dos sentimentos que mais me custa a encarar: a desilusão!
Ou bem que se cumpre o prometido ou bem que não! E meias promessas não são promessas! Fico à espera de um compromisso sério e definitivo, digno de um homemzinho com palavra.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Do reconhecimento



Por mais de uma vez fui acusada de ser parcial no que respeita a escolha e tratamento dos temas que abordo no meu blog.
Eu não posso concordar, pelo menos não a 100%, com esta "acusação" visto que tento - quase sempre... - apresentar os argumentos das duas partes e respectivas tomadas de posição. Mas, e devo reconhecer, tendencialmente apresento o meu ponto de vista com mais entusiasmo. Ora, quem me pode recriminar por tal? Mas adiante.
Como resposta a essas criticas e, sobretudo, devido ao facto de eu achar que o assunto merece, esta entrada é dedicada aos progressos que a minha alma gémea demonstrou no decurso dos últimos tempos no que respeita a culinária. Se num primeiro momento a sua participação foi menos significativa, visto que o assado se faz por si, quando a terrina de ir ao forno já contem todos os ingredientes, na semana que ora termina o empenho e realização foram preciosos - acho que não há ratos cá em casa, pelo que não ponho a hipótese de ter sido o Ratatouille a fazer... :o)
Mas, para mim, mais importante do que o resultado final do serão frente ao fogão - resultado francamente positivo, pois a comida estava muito boa - é mesmo a vontade de ajudar/aprender e com isso me libertar de tarefas, abrindo espaço para me dedicar a um outro assunto neste momento crucial: os exames!
Obrigada amor.