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domingo, 29 de novembro de 2009

Do tempo que não chega para nada


A consciência obriga-me a iniciar este texto com uma confissão: eu não sei gerir o meu tempo!
Todos os dias o despertador toca com um avanço de 15 minutos (no mínimo) relativamente ao tempo que eu efectivamente preciso para me arranjar - e todos os dias saio de casa a correr para apanhar o autocarro! Seja o das 8h, o das 9h ou até o das 14h! Não consigo evitar esta mania de adiar o inevitável e acabo consequentemente em correrias a torto e a direito, como se não houvesse amanhã.
Depois, como não poderia deixar de ser, sinto que me falta fazer tudo e que jamais serei capaz de dar vazão a todos os assuntos mentalmente agendados para o dia.
Por vezes consigo contornar o problema ao anotar em post-it's, antecipadamente, todos os pequenos afazeres que se me impõem. Mas nem sempre resulta! Tem dias em que nem a consciência física do papelito anotado me põe na linha, e chego à noite com a frustração de mais uma vez ter falhado os objectivos.
Não posso negar que a vida de praticamente casada me acarretou obrigações às quais não estava habituada e que exigem uma conciliação com tarefas já consolidadas. Mas no essencial a culpa é mesmo desta preguiça mental e vício de longa data de deixar tudo para depois.
Bem sei que este meu problema não é uma "doença rara" e que muitos dos que por aí andam sofrem do mesmo que eu. Não me tráz conforto tal conclusão. E como tal vou colocar nos 10 mandamentos para 2010 uma obrigação de resultados no que toca a gestão do tempo!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Do espírito natalício


Ainda que a televisão e os jornais poucos motivos nos dêm para festejar, mostrando um mundo que todos nós sabemos em calamidade profunda, a verdade é que poucos são os que resistem ao espírito que esta época arrasta.
Não falo da febre dos presentes, com correrias às lojas e a procura incessante de promoções, porque se quer agradar a todos mas o dinheiro não estica. Falo sim da predisposição à alegria e boa disposição, à partilha e carinho, ao amor e fraternidade.
E eu não fujo a esta regra.
Ouvir musicas de natal ao pequeno almoço e falar da árvore durante toda a semana não poderia levar a outro lado que não fosse ao centro comercial para comprar a decoração de Natal.
Em abono da verdade devo dizer que o meu menino, pese embora seja uma das excepções que confirma a regra, me fez o agrado de me acompanhar e escolher comigo aquela que é a nossa árvore do nosso primeiro Natal juntos. Pequenina como o resto da casa, faz a delícia das minhas vistinhas!
I just love Christmas! :o)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Do amigo alemão




Por culpa dele não me lembro do dia em que nos conhecemos, mas é evidente que a nossa relação está a cada dia mais próxima.
E não obstante esta proximidade que já tem comigo, vejo que se está a familiarizar com a minha cara metade também.
Faz-nos andar por aí com a cabeça no ar, esquecendo luzes acesas, tampas de sanita levantadas, chinelos aos quatro cantos, a carne no congelador... E outras "coisas pequenas" que embora não prejudicando incomodam.
Dá pelo nome de Alzheimer e temo que tenha vindo para ficar!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dos dias chuvosos

Muito prazerosas são as manhãs a dois, passadas a ouvir a chuva bater na janela, aconchegados num quentinho gostoso. Mas nem todos os dias são fins de semana e quando toca a levantar para ir trabalhar (ou para a faculdade), a coisa muda ligeiramente de figura. Mas como diria a minha avó: olha filha, estamos no tempo dele!
E a verdade é que já anseio por esse inverno rigoroso que não só cheira a Natal como muitas vezes arrasta belos nevões, deliciosos para a vista.


Romantic Snow Globes by WiddlyTinks.com

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Do primeiro contratempo


Ainda que cozinhar não seja coisa que eu não saiba fazer - ao contrário do meu querido e adorado namorado (ou deverei usar a palavra "companheiro", uma vez que vivemos juntos?), que noções de culinária não tem praticamente nenhumas - não é coisa que eu faça com especial prazer. No entanto, e dado a inevitabilidade da coisa, lá o faço com o máximo esmero e toda a dedicação.
Assim, quando me dizem (e na presença de terceiras pessoas) que a sopa de repolho da minha mãe é melhor do que a minha, é coisa para me deixar... chateada. Independentemente da veracidade dos factos, eu não perguntei nada... logo, não me interessava saber.
Claro está que o prato seguinte poderia muito bem ser feijoada pois a tromba não faltava em casa.
Consequência: o autor do belissimo comentário, incompreendido na sua suma ingenuidade, decide tentar pernoitar no nosso confortável mas mini sofá made in IKEA. Há-de ter-lhe custado o encaixe porque não demorou meia hora a resignar-se à partilha do leito com a inimiga.
Não deixa de ser interessante esta reacção na medida em que, do meu ponto de vista, não lhe assistia nenhuma razão justificativa.
Mas bom, resta acrescentar que o dia amanheceu colorido, com pequeno almoço "homem" made e um pedido de desculpas.

Estes gajos pá!...E depois nós é que somos complicadas!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Da sede de escrever



Agora que finalmente a semente foi colocada na terra, é hora de a regar para que cresça. Tão filosófica que estou... Mas o certo é que as ideias fervilham e não encontro o fio condutor para as expor com o mínimo de coerência. É caso para dizer: começa pelo principio...
Então principiemos:
Era uma vez uma menina (já grandinha) e um menino (menos crescidinho) que, unidos pelo dito laço do Amor, decidiram viver juntos.
Algumas especificidades desta história: ela estuda no estrangeiro; ele segue-a; ambos encontram um cantinho para morar onde o espaço é minimo e as tarefas são algumas... E como as coisas se conciliam fica para outras entradas...

Da falta de originalidade



A ideia de criar o blog já germinava na minha cabeça há uns dias. Na verdade, mantenho um outro espaço no qual falo de trivialidades mas, dada a mudança operada na minha vida há pouco mais de um mês, pareceu-me bem encetar um novo sítio onde pudesse falar desta nova vida de mulher quase casada.

No entanto, não obstante esta vontade de escrever sobre coisas novas para mim - e outras - na hora de atribuir um nome ao blog o vazio instalava-se e nenhuma ideia me surgia, adiando por mais uns tempos a concretização do "ambicionado projecto".

Vai daí que, na falta de criatividade, ocorreu-me o nome de um livro que há tempos largos li e que em tudo me pareceu adequado ao tema a que pretendo subordinar o meu espaço.

Assim, aqui fica o meu muito obrigada ao Gabriel García Márquez pela ajuda.